UM PONTO DE PAZ para levantar o mundo...

Publish date 15-03-2014

by ARSENAL DA ESPERANÇA

Os gritos silenciosos provenientes da Síria, que hoje (15/03) está completando o seu terceiro ano de guerra, talvez não cheguem até nós da mesma maneira que aqueles oriundos da violência e das tensões que se respiram em muitos lugares de nosso Brasil. Mas o carisma da nossa Fraternidade nos impulsiona a buscar a PAZ sempre, ali onde estamos, no momento presente, trabalhando como se a PAZ no mundo dependesse de nós, de mim... Afinal a PAZ no mundo depende também de mim! O que eu estou fazendo pela PAZ? Que ideias eu estou trazendo para um mundo melhor? Que compromisso concreto eu assumi para que a PAZ, que é dom de Deus, se manifeste entre os homens e em todo o mundo? 

Desde o começo da nossa caminhada com o SERMIG, em 1964, acreditamos que o sonho de Deus é eliminar as guerras e a fome da face da Terra. De várias maneiras Deus revelou aos homens este Seu desejo. A página da Regra que lemos hoje começava assim: “Isaías anuncia um tempo em que as armas serão transformadas em instrumentos de trabalho. O profeta fala em nome de Deus, portanto, a paz é possível, mas o homem deve desejá-la...”. Nós a desejamos e a Providência nos permitiu transformar uma antiga fábrica de armas, em Turim, numa “casa” a serviço da paz e da solidariedade. 

Em 1988, em plena guerra do Líbano, Ernesto Olivero foi convidado a dar uma palestra para 2.500 jovens em um teatro de Beirute. Naquela ocasião perguntaram-lhe: “Por que você veio? Você sabe que pode morrer a qualquer momento? Nós somos obrigados a ficar aqui; não temos como fugir. Mas e você? Por que veio?”. Ernesto respondeu que estava ali, no meio deles, porque acreditava na paz. Queria a paz e não só para si próprio. Somente promovendo a paz poderia existir a vida. Naquela ocasião, com o SERMIG, levamos uma carga de ajuda humanitária, fruto da generosidade de muitas pessoas, que distribuímos entre todas as facções em guerra. 

Por mais que a guerra esteja acontecendo longe de nós, isso não significa que não temos nada a ver com ela. Temos que estar sempre ligados, prontos a amar, arriscar, socorrer, inventar novas maneiras de servir a paz com a nossa vida, o nosso tempo, os nossos sonhos, as nossas capacidades e treinar tudo isso para que um dia – hoje, amanhã, ou daqui a quinze anos – a história que passa por mim seja uma história de paz. 

Os jovens que cada vez mais frequentam o Arsenal da Esperança estão nos comunicando isso: afinal de contas, não gostam do mundo que os adultos construíram. E não é verdade que são indiferentes ou que procuram apenas o sucesso: o que mais querem é participar intensamente da vida, do bem comum, das tentativas de aliviar um pouco o sofrimento do outro... Têm saudade de tudo isso ai (como muito bem nos escreveu nosso amigo Wanderson de Tocantins)... Só precisamos de um PONTO DE PAZ para levantar o mundo! Quem quer ser um PONTO DE PAZ?  

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