Sem DEFESA DA VIDA... Não há PAZ

Publish date 01-10-2013

by ARSENAL DA ESPERANÇA


Qual é a relação entre a defesa da vida e as iniciativas de acolhida e de paz? Muitas vezes não serve dizer que amamos a vida se, de outras maneiras, negamos esse amor. O que fala é o nosso comportamento concreto

Começa amanhã a Semana Nacional da Vida (SNV)* que a Igreja do Brasil realiza de 1 a 7 de outubro, culminando no dia 8 com o Dia do Nascituro. O tema central deste ano é “Cuidar da Vida e Transmitir a Fé”.

Para colaborar com essa celebração, nesta semana publicaremos algumas histórias verdadeiras contidas nos livros do nosso fundador, Ernesto Olivero. Histórias que podem estimular a reflexão sobre situações difíceis, complexas, imprevistas que ameaçam a vida, mas que podem encontrar uma resposta, uma casa, uma nova vida a partir da nossa disponibilidade e dos nossos comportamentos, pois, se acreditarmos no valor da vida, não podemos simplesmente apontar o caminho, temos que estar perto das pessoas nos seus problemas concretos.

O cristão é um cristão se vive o mandamento do amor: alimentar o faminto, visitar o prisioneiro, acolher o estrangeiro... Daí deriva a sensibilidade ou a insensibilidade à vida em todas as suas fases, especialmente nos tempos de maior fragilidade. 

As nossas casas, os Arsenais, estão abertas aos mais necessitados, em nome do respeito à vida e da dignidade da pessoa. Desde sempre procuramos ajudar quem não tem nada, quem foge do próprio país, quem quer mudar, quem procura uma resposta ao seu problema... Para quem, como a nossa Fraternidade, se abriu ao encontro, no mundo, com vidas humanas esmagadas pela guerra e pela fome, como não gastar-se para salvar a vida que nasce? Existirá a paz quando a vida humana for respeitada, acolhida, amada sempre, desde a concepção até a morte natural, com o mesmo amor e em todas as partes do mundo.

Vivemos um tempo que exalta muito o nosso “EU”: tudo gira em torno de mim, tudo é para mim, eu posso tudo... Se EU sou o centro de tudo, os meus direitos não estão em discussão. É uma questão de escala de valores. 


Recentemente, o Papa Francisco, na mensagem dirigida aos participantes, no Brasil, da Semana Nacional da Família (11-18 de agosto de 2013), recordou que “(A vida) deve sempre ser defendida, já desde o ventre materno, reconhecendo ali um dom de Deus e garantia do futuro da humanidade, mas também na atenção aos mais velhos, especialmente aos avós, que são a memória viva de um povo e transmissores da sabedoria da vida”.

O idoso, o doente, a criança... Quem acredita que a vida é um valor em si mesmo, acredita que ela o é sempre, desde o primeiro momento até o fim e por toda a eternidade; acredita que não há uma vida que vale mais do que a outra: a mãe e o bebê precisam ser ambos acolhidos e ajudados.

O direito à vida é um direito de todos e, acima de tudo, é o direito da vida mais frágil a ser cercada de cuidados, de carinho e de atenção. No que depende de nós, nos colocamos à disposição, em primeira pessoa, para contribuir a que cada vida seja vivida em plenitude, com oportunidades iguais para todos, educação, emprego... Para construir uma sociedade onde a justiça, a solidariedade, a liberdade sejam patrimônio de todos.

A nossa sociedade muitas vezes não pensa e, sobretudo, não age nessa direção e acaba mergulhando no abismo da indiferença e da morte. Para inverter essa tendência, o caminho a percorrer é o caminho do amor, é o caminho de ocupar-se dos problemas dos outros. As ações concretas de cada um de nós podem contribuir para que cada vida seja vivida em plenitude. Temos que trabalhar para que cada pessoa tenha a oportunidade de viver uma vida plena de dignidade, em todas as suas fases. Não podemos pensar que a vida não seja vida ou pedir para que ela morra antes de ser vivida.

Nesta TERÇA (01/10), às 20h, no Arsenal, falaremos sobre esse tema. Esperamos você.  

* A Semana Nacional da Vida foi instituída em 2005 pela 43ª Assembleia Geral da CNBB. O Dia do Nascituro é um dia em homenagem ao novo ser humano, à criança que ainda vive dentro da barriga da mãe. A data celebra o direito à proteção da vida e da saúde, à alimentação, ao respeito e a um nascimento sadio. O objetivo é suscitar nas consciências, nas famílias e na sociedade o reconhecimento do sentido e valor da vida humana em todos os seus momentos.

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