O MEU QUADRO (Museu de Arte Sacra e Arsenal da Esperança)
Publish date 03-05-2014
by ARSENAL DA ESPERANÇA
Começou neste último sábado (3/5) mais uma oficina em parceria com o Museu de Arte Sacra de São Paulo. Dezesseis pessoas acolhidas no Arsenal da Esperança e inscritas na oficina participaram da primeira etapa: a visita ao próprio Museu, que conserva um dos acervos mais interessantes da cidade. Conosco vieram também Célia e Elaine, amigas e voluntárias do Arsenal.
Grandes artistas do passado usaram tinta, barro e madeira para reproduzir o olhar de Jesus, de Maria e de tantos homens e mulheres “amigos de Deus”. A querida Tânia, educadora do Museu, nos acompanhou quase de mãos dadas, mostrando e explicando pra nós os vários espaços até chegar à frente de uma grande e antiga pintura, o retrato de um cardeal. O olhar dele é seguro, de uma pessoa bem-sucedida, com uma roupa sofisticada e o corpo robusto. Todos do grupo observam essa imagem quase que com um olhar de interrogação. Quem todos os dias bate à porta do Arsenal para pedir ajuda são homens cheios de dúvidas, fragilidades, muitas vezes com a roupa rasgada e com o corpo debilitado e magro por causa de uma doença ou de uma dependência. Todos devem estar pensando: "Como esse homem é distante da realidade...".
Em seguida, entramos na sala que mostra as caricaturas da exposição "O Papa sorriu", com obras de vários artistas que representam o Papa Francisco. Traços simples e até engraçados mostram o rosto sorridente do Papa. Mudam o traço e o cenário, mas em todas aparece o sorriso dele. Essa é sem dúvida uma de suas caraterísticas mais marcantes. Entre as várias caricaturas está exposta também a obra de Vicente B., que está presente no nosso grupo. Ao saberem disso, todos começam um grande aplauso e querem tirar uma foto ao lado dele.
De repente, a proposta da Tânia: “... E vocês? Como se retratariam num quadro? Sim, porque na oficina que realizaremos no Arsenal cada um poderá realizar um quadro de si mesmo... Vamos começar a pensar sobre como gostaríamos que as pessoas nos reconhecessem...”. A visita continua pelos corredores do acervo, até a saída, mas a pergunta da Tânia continua pairando no ar: “Como eu me vejo?”, “O que os outros falam de mim?”, “Como eu gostaria que olhassem para mim?”. Será que aquele homem, o cardeal do quadro, estava tão livre dessas preocupações? Até um simples desenho pode ajudar a pensar, a olhar para um problema e, quem sabe, até mesmo a lidar com ele, a buscar uma mudança, uma saída. Até a próxima etapa!
This website uses cookies. By using our website you consent to all cookies in accordance with our Cookie Policy. Click here for more info
Ok
Are you sure you want to remove this item from the cart?