Carta aos amigos (julho-agosto 2010)

Publish date 04-08-2010

by ARSENAL DA ESPERANÇA

Queridos amigos, o que as pessoas deveriam dizer de nós? Nada, nada de extraordinário. Deveriam simplesmente dizer: “Conhecemos pessoas, jovens, moças disponíveis. Quando você fala, eles te escutam, quando confidenciamos um segredo sabem guardá-lo, quando você tem um problema grave e os procura de madrugada, eles estão ali.”

Queridos amigos, gostaria de verdade que nós entrássemos no modo ordinário, comum, de viver de Jesus. Ele não caminhava constantemente sobre as águas, não curava todos os que encontrava, mas consolava, não julgava, não fechava a porta a ninguém. Fez isso até o último momento de sua vida terrena, ainda quando sofria terrivelmente. Jesus escutava e consolava.

E até o final, mesmo na cruz, foi cristão, voltou-se àquele desventurado que estava à sua direita e leu em seu olhar o arrependimento: “Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso”.

Em cada segundo, deveríamos indicar a todos que encontramos a estrada do bem. Não com palavras, mas com o nosso olhar cheio de amor e de Deus. Poucas horas antes de partir para o Brasil, no coração da noite, um de vocês colocou embaixo da minha porta uma carta. Poucas horas antes, havia me visto falar com um grupo de pessoas: verdadeiro, sincero, sem julgar. Havia me visto pesquisador e me escreveu: “Estou orgulhoso de você!”. Aquelas palavras me consolaram.

Queridos amigos, todos nós devemos ser orgulhosos uns dos outros, porque com a nossa vida não contamos fabulas, não julgamos, não condenamos ninguém. Cada coisa concorre para que possamos encontrar Deus, a Onipotência, a nossa disposição em cada momento.

Devemos estar orgulhosos em todos os momentos uns dos outros: “Veja como é disponível, se vê que está cansado, ainda assim é sempre o primeiro a estar disponível, se vê que tem muitas coisas para fazer, ainda assim não tem um segundo de impaciência”. E, acreditem em mim, se dissermos isso uns dos outros, o Senhor o pensa por cada um de nós.

Ao nosso redor hoje há ódio, há indiferença. A via de saída é uma só: a conversão. O nosso comportamento deveria tornar-la próxima, ao alcance das nossas mãos. Quem nos encontra deveria dizer: “Se eles são bons e disponíveis, por que eu também não posso se-lo?” Para fazer isso, porém, devemos ter um coração que perdoou. O perdão é a arma mais potente do homem e da mulher. E perdoar significa amar o outro como queremos ser amados.

Queridos amigos, a benção mais importante que podemos nos dar é compreender em profundidade que cada um de nós pode tornar-se uma palavra de salvação, não uma ilusão de salvação. Somente com esse espírito sinto abençoar-vos!

Ernesto Olivero (Fundador do Arsenal e da Fraternidade da Esperança), 11 de julho 2010

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