Anchieta, o apóstolo do Brasil, é santo
Publish date 03-04-2014
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Depois de ouvir o relatório sobre a vida e a obra do “Apóstolo do Brasil”, o Pontífice assinou o decreto que reconhece a figura e a grandeza do missionário, colocando assim seu testemunho como exemplo para os cristãos de todo o mundo.
O primeiro pedido de canonização foi feito há exatos 417 anos. Já o último ocorreu em outubro passado, por iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Em dezembro, como revelou o Presidente da CNBB à Rádio Vaticano, o Card. Raymundo Damasceno Assis recebeu um telefonema pessoal do Santo Padre, respondendo positivamente ao pedido.
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Não se trata de um caso, pois os três novos santos foram beatificados juntos pelo Papa João Paulo II, em 22 de junho de 1980. Naquela mesma cerimônia, também foram beatificados Pedro de Betancur e jovem indígena Catarina Tekakwitha – ambos já canonizados. Portanto, faltava o reconhecimento dos outros três – o que aconteceu na manhã desta quinta-feira.
Anchieta e os Papas
A importância de Anchieta e seu papel fundamental para a evangelização do Brasil já eram conhecidos pelos Pontífices. Na sua cerimônia de beatificação, João Paulo II se referiu a Anchieta como “um incansável e genial missionário”:
“Seu zelo ardente o move a realizar inúmeras viagens, cobrindo distâncias imensas no meio de grandes perigos. Mas a oração contínua, a mortificação constante, a caridade fervente, a bondade paternal, a união íntima com Deus, a devoção filial à Virgem Santíssima — que ele celebra em um longo poema de elegantes versos latinos —, dão a este grande filho de Santo Inácio uma força sobre-humana, especialmente quando deve defender contras as injustiças dos colonizadores os seus irmãos indígenas. Para eles compõe um catecismo, adaptado à sua mentalidade e que contribuiu grandemente para a sua cristianização. Por tudo isto ele bem mereceu o título de «apóstolo do Brasil”.
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Anteriormente, em discurso aos Bispos dos Regionais Norte 1 e Noroeste, em visita ad Limina Apostolorum em outubro de 2010, Bento XVI disse: “Ao pensar nos desafios que esta proposta de renovação missionária supõe para vós, Prelados brasileiros, vem-me à mente a figura do Beato José de Anchieta. Com efeito a sua incansável e generosíssima atividade apostólica, não isenta de graves perigos, que fez com que a Palavra de Deus se propagasse tanto entre os índios quanto entre os portugueses – razão pela qual desde o momento de sua morte recebeu o epíteto de Apóstolo do Brasil – pode servir de modelo para ajudar as vossas Igrejas particulares a encontrar os caminhos para empreender a formação dos discípulos missionários no espírito da Conferência de Aparecida”.
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Texto proveniente da página pt.radiovaticana.va/news (site da Rádio Vaticano)