Quais são as línguas que todo o mundo pode entender? O silêncio, a solidariedade, a música.
Publish date 08-02-2015
Bom dia! É domingo.
Suponhamos que nós, que hoje ouvimos este “Buona Giornata”, representássemos o mundo. Se eu falasse em italiano, quem me entenderia? Um pequeno percentual das pessoas do mundo. Se eu falasse inglês, o percentual seria muito alto. Se eu falasse chinês, me entenderiam bem apenas aqueles que têm o chinês como língua materna e quem estudou realmente esse idioma. Como é possível, hoje, fazer-se entender?
Ontem, em Milão, aconteceu a abertura da Expo Milano 2015 [uma feira sobre alimentação], e falaram de fome. Falando de fome, precisaríamos fazer um exame de consciência, pedir perdão pelo fato de que hoje morrerão 100.000 pessoas de fome e perguntar: “O que pode ser feito para mudar essa tendência?”. Não amanhã, hoje. Hoje morrem 100.000 pessoas. A minha cidade, Turim, desapareceria em oito ou nove dias.
Quais são as línguas que todo o mundo pode entender? O silêncio, a solidariedade, a música. Devemos decidir com quais línguas queremos nos fazer entender, com quais fatos. A nossa Fraternidade tenta dizer apenas as coisas em que acredita, tenta dizer apenas as coisas que vive. Isso pode se tornar um sinal de esperança. Nós temos a escolha de jogar conversa fora ou de dar um testemunho. E penso que todos nós queremos testemunhar, queremos ser testemunhas de que um mundo novo é possível. Bom dia, caros amigos!
Hoje, neste momento em que estamos pensando no próximo Mundial, penso que podemos chamá-lo de: “Não basta dizer paz: é preciso fazê-la, e depois é preciso vive-la”.
Também hoje recordamos todas as pessoas doentes, as pessoas que estão realmente tendo dificuldades com a saúde. Estamos juntos. E não estamos sozinhos. Nossa Senhora nos acompanha, a comunhão nos acompanha.
Maria, é dos jovens que...
Bom dia, lhes quero bem! Bom dia, lhe quero bem!
Ernesto Olivero
"Buona Giornata" de 08/02/2015
O “Buona Giornata” é uma reflexão que parte do coração de Ernesto Olivero, fundador do SERMIG - Fraternidade da Esperança, e se dirige ao coração de todos aqueles que se inspiram na espiritualidade dessa Fraternidade. É uma reflexão que nos ajuda a procurar e a viver a Presença de Deus nos acontecimentos de cada dia. O seu estilo é o de uma família aberta ao mundo: como acontece em uma família, as questões são tratadas com uma linguagem simples e próxima. Por isso, nas palavras de Ernesto às vezes aparece sofrimento, às vezes alegria, às vezes um olhar crítico... Mas sempre em busca do "ponto de vista de Deus".