Presidente da Câmara italiana, Laura Boldrini, visita o Arsenal da Esperança

Publish date 31-05-2015

by ARSENAL DA ESPERANÇA

No dia 30 de maio de 2015, sábado, no Arsenal da Esperança, Ernesto Olivero recebeu a visita da Presidente da Câmara dos Deputados da Itália, Laura Boldrini, acompanhada pelo embaixador da Itália no Brasil, Raffaele Trombetta, e pelo Cônsul Geral da Itália em São Paulo, Michele Pala. 
Pouco antes de deixar o Brasil, onde esteve para uma visita de quatro dias, a presidente Boldrini visitou o Museu da Imigração e logo em seguida o Arsenal da Esperança. 

A sua passagem pelos locais da antiga Hospedaria de Imigrantes deu à Presidente a possibilidade de repercorrer um pouco da história das centenas de milhares de compatriotas que, desde o final de 1800, passaram por esta casa onde recebiam alimentação, vacinas, medicamentos e tinham a documentação regularizada para depois serem contratados pelos fazendeiros. Os destinos deles eram as lavouras de café do interior de São Paulo ou de outros estados.

Hoje, a Itália é um dos países europeus que mais está recebendo o fluxo crescente de barcos cheios de homens, mulheres e crianças desesperados, que tentam chegar à Europa pelo mar Mediterrâneo. Só no ano passado, a Itália recebeu mais de 140 mil imigrantes e calcula-se que, no mesmo ano, mais de 3 mil morreram ou desapareceram no mar. Trata-se de uma verdadeira tragédia cotidiana que, também em razão do caos reinante na Síria, no Iraque e em outros países como a Líbia e a Somália, parece destinada a crescer.

Visitando os vários espaços e serviços oferecidos pelo Arsenal da Esperança, administrado pelo SERMIG - Fraternidade da Esperança, Laura Boldrini pôde ver como a Hospedaria ainda é um lugar dedicado à acolhida e à migração. Num texto em sua página no Facebook, a Presidente da Câmara italiana escreve: “É bom ver como neste edifício coexistem a memória e o presente de um fenômeno que sempre fará parte da história humana”.

É bom, acrescentamos nós, que cada país, povo e cidadão se recorde sempre de sua própria história e olhe, com responsabilidade, para as causas que também hoje levam as pessoas a migrar, a deixar tudo para tentar salvar suas vidas e ajudar suas famílias, mesmo sabendo que podem encontrar a morte na estrada ou no mar. Hoje, muitos preferem falar só de segurança e não de dignidade, mas como é possível estar seguros em um mundo em que o outro (não só o migrante) é tratado de forma desumana? É sempre preciso redescobrir que os outros somo nós.

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