Fazer ouvir a voz dos pobres, a voz dos jovens (Ernesto Olivero)
Publish date 15-04-2014
Bom dia! É segunda-feira. A segunda-feira é um dia realmente especial porque renovamos o nosso pacto, renovamos o nosso “eis-me aqui”, renovamos o nosso desejo de amar a Deus, de amar-nos uns aos outros e de fazer que esse amor nos melhore.Caros amigos, estamos preparando com muita intensidade no coração o encontro que faremos em Nápoles no dia 4 de outubro deste ano. Nós o faremos como sinal de comunhão com o mundo inteiro e o faremos com o desejo de ter um espírito materno, um espírito de reconciliação, um espírito de serviço.
Caros amigos, nos é dada a possibilidade de fazer ouvir a voz dos pobres, a voz dos jovens, o choro dos jovens, o choro dos pobres em um momento realmente particular para a Itália e para o mundo inteiro. Nós sabemos que existe um ódio ao nosso redor. Nós sabemos que existe tanta coisa desonesta ao nosso redor. Mas sabemos também que existe tanto bem e gostaríamos que o bem pudesse falar por meio do nosso rosto. Gostaríamos que o bem falasse em primeiro lugar por meio do nosso silêncio, da nossa postura. A postura silenciosa é também uma postura forte do sim e do não. Vamos a Nápoles com a ideia de que devemos preparar melhor os jovens, preparar melhor a nós mesmos a saber dizer sim e não. Não é preciso ser contra alguma coisa, mas ser a favor de alguma coisa. Se educamos e nos educamos a ser honestos, a não aceitar comprometer-se com o que é ruim, nós não precisamos ostentar nada de violento contra ninguém. A nossa vida é um sim. A nossa vida é um não. A nossa vida é um “eis-me aqui”.
Nestes dias em que estive algumas vezes em Nápoles encontrei pessoas belíssimas. Encontrei pessoas que realmente não se renderam ao mal. E nós devemos aprender com elas. Devemos desejar que Nápoles se torne terra santa, que se torne uma terra onde as diferenças são riquezas e onde as misérias, as eventuais misérias, são o desejo que quem não está na miséria tem de socorrer imediatamente, não por piedade, mas por justiça.
Caros amigos, estamos preparando o documento que levaremos a Nápoles e ao mundo inteiro. Rezem e nos ajudem a rezar, a pensar que cada palavra seja palavra boa, que cada afirmação seja em primeiro lugar um desejo da nossa vida de viver aquela afirmação, que nenhuma palavra seja um julgamento contra alguém, mas que exista em cada palavra o desejo de que a luz se torne vida, de que a luz entre na política, de que a luz entre na religião, de que a luz entre na economia. Nós estamos em um momento muito difícil, e é por isso que desejo que a nossa postura, por meio da comunhão entre todos nós, nos possa ajudar nisso. Estou convicto de que Nossa Senhora nos ajudará a ter um espírito materno para que nos possamos fazer entender. “Maria, é dos jovens...”Bom dia, caros amigos! Um pensamento sempre afetuoso para quem está doente. Um pensamento sempre para quem sofre. Estamos sempre juntos nesta luta, neste medo, nestes desejos.
Bom dia, vos quero bem! Bom dia, te quero bem! E o bem só é bem se é para sempre.
Ernesto Olivero
Buona Giornata do dia 31/03/2014
