Livres, para dizer SIM (Ernesto Olivero)

“Desejamos ser Jesus para o outro. E para todos os oprimidos que encontramos no caminho nós somos Jesus”... Essa é a última frase de uma das páginas da nossa Regra (a pagina: “Acolher com a compaixão no coração”): quando as pessoas nos encontram, a esperança é que possam ver em nós Jesus... Isso é algo que requer muito empenho, um empenho que procuramos viver a cada dia... Nós sabemos que podemos permanecer na Fraternidade da Esperança somente se a nossa Regra se tornar o nosso “respiro”. Se não for assim podemos ir embora... e os meus amigos sabem que não estou brincando.

Toda vez que falamos – e isso acontece muitas vezes – as pessoas deveriam dizer: “eles são testemunhas. Não são perfeitos, ainda bem, mas são testemunhas, porque estão falando da vida deles, não estão dando uma palestra brilhante sobre o que é a caridade, a bondade, a fé... estão falando de sua própria experiência”, que pode melhorar, deve melhorar, acrescento eu.

Caros amigos, acredito que ninguém foi obrigado a fazer parte desta Fraternidade, desta “aventura”, por isso deve existir o prazer de permanecer nela, deve existir a certeza de que a Fraternidade é a coisa mais linda que podia acontecer na minha vida. Esta certeza a exprimo com o meu silêncio, com as minhas idéias, com as minhas críticas... mas sempre dentro do Evangelho. Uma das paginas mais profundas diz: “O Evangelho, nossa regra”, isto é, a nossa Regra está totalmente no Evangelho... não em uma determinada citação, uma frase, uma palavra especial, mas no Evangelho todo!

Gostaria verdadeiramente que este meu “Buona Giornata” se tornasse um exame de consciência, para todos nós: se eu quero permanecer nesta Fraternidade ou conhecê-la um pouco mais, preciso retornar totalmente ao Evangelho, tenho que voltar à leitura da Regra e saboreá-la como a coisa mais bonita que o Senhor me fez encontrar. Esta é a Fraternidade!

Eu não sei se seremos poucos ou muitos, se seremos uma comunidade grande ou pequena, este não é um nosso problema, a nossa preocupação deve ser permanecer na fidelidade ao dom que o Senhor nos confiou. Trata-se de um dom que pode levar um pouco de paz a muita gente, que pode ser uma esperança para a Igreja... Sabemos que o Senhor está perto de nós, que Nossa Senhora e tanto amigos bons e disponíveis estão pertinho da gente. Por isso, agradecemos.

Ernesto Olivero (fundador)